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domingo, 17 de abril de 2016

Busquemos o melhor



“Por que reparas o argueiro no olho de teu irmão?”
Jesus (Mateus, 7:3)

A pergunta do Mestre, ainda agora, é clara e oportuna.
Muitas vezes, o homem que traz o argueiro num dos olhos traz igualmente consigo os pés sangrando.
Depois de laboriosa jornada na virtude, ele revela as mãos calejadas no trabalho e tem o coração ferido por mil golpes da Ignorância e da inexperiência.

É imprescindível habituar a visão na procura do melhor, a fim de que não sejamos ludibriados pela malícia que nos é própria.
Comumente, pelo vezo de buscar bagatelas, perdemos o ensejo das grandes realizações.
Colaboradores valiosos e respeitáveis são relegados à margem por nossa irreflexão, em muitas circunstâncias simplesmente porque são portadores de leves defeitos ou de sombras insignificantes do pretérito, que o movimento em serviço poderia sanar ou dissipar.
Nódulos na madeira não impedem a obra do artífice e certos trechos empedrados do campo não conseguem frustrar o esforço do lavrador na produção da semente nobre.
Aproveitemos o irmão de boa vontade na plantação do bem, olvidando as insignificâncias que lhe cercam a vida. Que seria de nós se Jesus não nos desculpasse os erros e as defecções de cada dia?
E, se esperamos alcançar a nossa melhoria, contando com a benemerência do Senhor, por que negar ao próximo a confiança no futuro?
Consagremo-nos à tarefa que o Senhor nos reservou na edificação do bem e da luz e estejamos convictos de que, assim agindo, o argueiro que incomoda o olho do vizinho, tanto quanto a trave que nos obscurece o olhar se desfarão espontaneamente restituindo-nos a felicidade e o equilíbrio através da incessante renovação.
Mensagem de orientação da reunião do DOM - Barreiro do dia 16/04/2016
Livro Fonte Viva - Chico Chavier
Capítulo 128

sábado, 16 de abril de 2016

Ciência e temperança


“E à ciência, a temperança; à temperança, a paciência; à paciência, a piedade.” - (II Pedro, 1:6.)

Quem sabe precisa ser sóbrio.
Não vale saber para destruir.

Muita gente, aos primeiros contactos com a fonte do conhecimento, assume atitudes contraditórias. Impondo ideias, golpeando aqui e acolá, semelhantes expositores do saber nada mais realizam que a perturbação.
É por isso que a ciência, em suas expressões diversas, dá mão




 forte a conflitos ruinosos ou inúteis em política, filosofia e religião.

Quase todos os desequilíbrios do mundo se originam da intemperança naqueles que aprenderam alguma coisa.
Não esqueçamos. Toda ciência, desde o recanto mais humilde ao mais elevado da Terra, exige ponderação. O homem do serviço de higiene precisa temperança, a fim de que a sua vassoura não constitua objeto de tropeço, tanto quanto o homem de governo necessita sobriedade no lançamento das leis, para não conturbar o espírito da multidão. E não olvidemos que a temperança, para surtir o êxito desejado, não pode eximir-se à paciência, como a paciência, para bem demonstrar-se, não pode fugir à piedade, que é sempre compreensão e concurso fraternal.
Se algo sabes na vida, não te precipites a ensinar como quem tiraniza, menosprezando conquistas alheias. Examina as situações características de cada um e procura, primeiramente, entender o irmão de luta.

Saber não é tudo. É necessário fazer. E para bem fazer, homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira dileta do amor.

Mensagem de orientação da reunião do DOM – Lisboa do dia 15/04/2016

Livro Vinhas de Luz - Chico Chavier

Capítulo 112

quinta-feira, 14 de abril de 2016

As Cartas do Cristo


“Porque já é manifesto que sois a carta do Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.” — Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, capítulo 3, versículo 3.)

 É singular que o Mestre não haja legado ao mundo um compêndio de princípios escritos pelas próprias mãos. As figuras notáveis da Terra sempre assinalam sua passagem no planeta, endereçando à posteridade a sua mensagem de sabedoria e amor, seja em tábuas de pedra, seja em documentos envelhecidos. Com Jesus, porém, o processo não foi o mesmo. 
O Mestre como que fez questão de escrever sua doutrina aos homens, gravando-a no coração dos companheiros sinceros. Seu testamento espiritual constitui-se de ensinos aos discípulos e não foram grafados por ele mesmo. Recursos humanos seriam insuficientes para revelar a riqueza eterna de sua Mensagem. 
As letras e raciocínios, propriamente humanos, na maioria das vezes costumam dar margem a controvérsias. 
Em vista disso, Jesus gravou seus ensinamentos nos corações que o rodeavam e até hoje os aprendizes que se
lhe conservam fiéis são as suas cartas divinas dirigidas à
 Humanidade. 

Esses documentos vivos do santificante amor do Cristo palpitam em todas as religiões e em todos os climas. 
São os vanguardeiros que conhecem a vida superior, experimentam o sublime contacto do Mestre e transformam-se em sua mensagem para os homens. Podem surgir muitas contendas em torno das páginas mais célebres e formosas; todavia, perante a alma que se converteu em carta viva do Senhor, quando não haja vibrações superiores da compreensão, haverá sempre o divino silêncio.

Mensagem de orientação da reunião do DOM - Algarve do dia 13/04/2016

Livro Caminho Verdade e Vida - Chico Chavier

Capítulo 114

Ordenações Humanas


 “Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana, por amor do Senhor.” — (1ª EPÍSTOLA A PEDRO, capítulo 2, versículo 13.)


Certos temperamentos impulsivos, aproximando-se das lições do Cristo, presumem no Evangelho um tratado de princípios destruidores da ordem existente no mundo. Há quem figure no Mestre um anarquista vigoroso, inflamado de cóleras sublimes. Jesus, porém, nunca será patrono da desordem. A novidade que transborda do Evangelho não aconselha ao espírito mais humilhado da Terra a adopção de armas contra irmãos, mas, sim, que se humilhe ainda mais, tomando a cruz, a exemplo do Salvador. 






Claro está que a Boa Nova não ensina a genuflexão ante a tirania insolente; entretanto, pede respeito às ordenações humanas, por amor ao Mestre Divino. Se o detentor da autoridade exige mais do que lhe compete, transforma-se num déspota que o Senhor corrigirá, através das circunstâncias que lhe expressam os desígnios, no momento oportuno. Essa certeza é mais um factor de tranquilidade para o servo cristão que, em hipótese alguma, deve quebrar o ritmo da harmonia. Não te faças, pois, indiferente às ordenações da máquina de trabalho em que te encontras. É possível que, muita vez, não te correspondam aos desejos, mas lembra-te de que Jesus é o Supremo Ordenador na Terra e não te situaria o esforço pessoal onde o teu concurso fosse desnecessário. Tens algo de sagrado a fazer onde respiras no dia de hoje. Com expressões de revolta, tua actividade será negativa. Recorda-te de semelhante verdade e submete-te às ordenações humanas por amor ao Senhor Divino.

Mensagem de orientação da reunião do DOM - Algarve do dia 06/04/2016

Livro Caminho Verdade e Vida - Chico Chavier

Capítulo 81


Liberdade


“Não useis, porém, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi­vos uns aos outros pela caridade.” Paulo (Gálatas, 5:13)



Em todos os tempos, a liberdade foi utilizada pelos dominadores da Terra. Em variados sectores da evolução humana, os mordomos do mundo aproveitam-­na para o exercício da tirania, usam-­na os servos em explosões de revolta e descontentamento. Quase todos os habitantes do Planeta pretendem a exoneração de toda e qualquer responsabilidade, 




para se mergulharem na escravidão aos delitos de toda sorte.
Ninguém, contudo, deveria recorrer ao Evangelho para aviltar o sublime princípio.
A palavra do apóstolo aos gentios é bastante expressiva. O maior valor da independência relativa de que desfrutamos reside na possibilidade de nos servirmos uns aos outros, glorificando o bem. O homem gozará sempre da liberdade condicional e, dentro dela, pode alterar o curso da própria existência, pelo bom ou mau uso de semelhante faculdade nas relações comuns.
É forçoso reconhecer, porém, que são muito raros os que se decidem à aplicação dignificante dessa virtude superior.
Em quase todas as ocasiões, o perseguido, com oportunidade de desculpar, mentaliza represálias violentas; o caluniado, com ensejo de perdão divino, recorre à vingança; o incompreendido, no instante azado de revelar fraternidade e benevolência, reclama reparações.
Onde se acham aqueles que se valem do sofrimento, para intensificar o aprendizado com Jesus Cristo?
Onde os que se sentem suficientemente livres para converter espinhos em bênçãos?
No entanto, o Pai concede relativa liberdade a todos os filhos, observando-­lhes a conduta. Raríssimas são as criaturas que sabem elevar o sentido da independência a expressões de vôo espiritual para o Infinito.
A maioria dos homens cai, desastradamente, na primeira e nova concessão do Céu, transformando, às vezes, elos de veludo em algemas de bronze.

Mensagem de orientação da reunião do DOM - Barreiro do dia 10/04/2016

Livro Vinhas de Luz - Chico Chavier

Capítulo 128